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Sexo, Drogas, Rock and Roll e Trabalho.

Segundo o médico americano Daniel Lieberman - "O cérebro humano julga a importância de uma coisa pela quantidade de dopamina que ela libera, isso vale para o sexo, para as drogas, para a música e para o trabalho.


"A dopamina é uma ferramenta incrivelmente poderosa e, como qualquer ferramenta poderosa, pode ser muito construtiva. Não há nada melhor do que trabalhar em algo que te excita, e isso é a dopamina te impulsionando. A dopamina dá a você novas ideias que podem mudar sua vida, às vezes até mudar o mundo."


Mas também como toda ferramenta poderosa o especialista explica, que a busca por mais dopamina, no cérebro faz com que abandonemos coisas que conquistamos, na busca por novidade e excitação, prazer imediato, muitas vezes alimentando comportamentos irracionais do ponto de vista social.




Muito provavelmente faz só 1 minuto e meio que você botou o celular no bolso, mas, sem perceber, o seu dedo está novamente rolando a tela em busca de likes ou de outras novidades da timeline. Mas não há nada interessante. Afinal, só se passaram 90 segundos.


Ou: em meio à monotonia da noite, um giro sem compromisso pelas ofertas na internet. Aparece um produto em promoção. No fundo, você sabe que ele vai ter quase nenhuma utilidade, mas a tentação de aproveitar os 15% de desconto é mais forte. E é tão bom receber o e-mail de confirmação da compra.


Para a psiquiatra norte-americana Anna Lembke, instantes assim vêm permeando a vida moderna de um modo excessivo e contribuindo para uma constante sensação de insatisfação, em que picos de empolgação ficam cada vez mais raros.


Lembke é a chefe da clínica especializada em vícios na Universidade Stanford, nos Estados Unidos, e autora de Nação Dopamina: Por que o Excesso de Prazer Está Nos Deixando Infelizes e o que Podemos Fazer para Mudar (Editora Vestígio, 2022).


A dopamina, esse mensageiro químico do cérebro é conhecido erroneamente como "hormônio do prazer".


Na realidade, suas características estão ligadas à motivação ou estímulo reforçador, com destacada atuação no sistema de recompensa cerebral. A sensação de prazer tem outros componentes químicos envolvidos.


A dopamina, no entanto, é uma molécula fundamental em um processo maturado durante milhões de anos de evolução: o corpo instintivamente evita a dor. Procura o oposto.

"Quando a dopamina é liberada e seus níveis sobem em resposta a algo que ingerimos ou fizemos, o corpo sente prazer, recompensa, euforia. E, então, claro, nós sempre estamos buscando recriar essa sensação", diz Lembke em entrevista à BBC News Brasil. Um experimento com ratos dá uma ideia de como algumas atividades e substâncias fazem disparar o neurotransmissor acima dos níveis basais:


  • Chocolate: +55%

  • Sexo: +100%

  • Nicotina: +150%

  • Cocaína: +225%

  • Anfetaminas: +1.000%.

Mas o nosso organismo sempre tenta restabelecer um equilíbrio interno, chamado de homeostase. Ou seja, se o nível de dopamina foi para as alturas, o corpo tenta compensar o outro lado da balança.

"É aquela 'descida' após qualquer experiência prazerosa. Às vezes essa descida ocorre de forma óbvia, como a ressaca depois de uma bebedeira. Mas outras vezes é muito mais sutil", diz a psiquiatra.

"Essencialmente, é a dopamina em queda livre, que não volta apenas a níveis basais, mas cai para abaixo deles. Então, para cada prazer, há um custo. E o custo é uma sensação temporária da abstinência de uma substância. Algo universalmente traduzido em ansiedade, irritabilidade, depressão e fissura pela droga de preferência." Fontes: O Globo e BBC News Brasil


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